Foram necessários seis anos de observações, obtidas com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul, no Chile, para encontrar um ‘monstro adormecido’ e invisível. Uma equipa internacional de investigadores descobriu, pela primeira vez e “sem qualquer ambiguidade”, um buraco negro estelar localizado fora da Via Láctea. “Conseguimos identificar uma agulha num palheiro”, afirma Tomer Shenar, cientista que liderou o estudo publicado esta segunda-feira na revista da especialidade “Nature Astronomy”.
O buraco negro tem, no minímo, nove massas solares e foi detetado na nossa vizinhança cósmica, na Nebulosa da Tarântula, um berço de estrelas situado na Grande Nuvem de Magalhães que, apesar do nome, se trata de uma galáxia anã satélite da Via Láctea, a 160 mil anos-luz de distância.