Há 32 anos que Michael Brandner queria expor não só o que aconteceu ao seu irmão mas a centenas de outras pessoas que foram abusadas sexualmente na infância por padres católicos da arquidiocese de Nova Orleães, no estado norte-americano do Luisiana. São “mais de 600 vítimas, desde a década de 1950 até 2012”, revela Lindsay Quinn Pitre, realizadora do documentário “God As My Witness” (“Deus Como Minha Testemunha”), que produziu com Michael e tem estreia nacional marcada para as 16 horas deste domingo em Setúbal, nos claustros da Casa Episcopal.
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“As vítimas dos abusos sexuais na Igreja hoje têm entre 50 e 60 anos, mas são crianças a falar através de um corpo adulto”
É um documentário sobre a pedofilia na arquidiocese de Nova Orleães, nos Estados Unidos, mas poderia ser sobre a realidade portuguesa ou a de outro país. “Sabemos que os abusos sexuais de menores acontecem há séculos na Igreja Católica, em todo o mundo”, diz Michael Brandner, vítima indireta destes crimes e produtor executivo do filme “God As My Witness”, que estreia este domingo na Casa Episcopal de Setúbal, com a autorização do bispo da diocese, o cardeal Américo Aguiar