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Abusos

Anastácio: o padre progressista que defendia os pobres, escrevia nos jornais e ia à televisão tinha um lado negro - e decidiu confessá-lo

O homem que se apresentou esta quinta-feira à tarde na Procuradoria Geral da República para confessar cinco crimes de abuso sexual a um menor já não é padre, mas houve um tempo em que foi um dos nomes mais relevantes da Diocese do Funchal, com presença na televisão e nos jornais, onde dava opiniões progressistas

Oleksandr Latkun / EyeEm

Anastácio Alves, ex-padre, acusado de vários crimes de abuso sexual a um menor de 13 anos, andou fugido durante cinco anos até aparecer à porta da Procuradoria Geral da República, em Lisboa, três dias após ser conhecido o relatório dos abusos na Igreja Católica Portuguesa. Magro e de mochila na mão, como noticiou o Observador, foi apresentar-se à justiça para responder às acusações. Formalmente está acusado pelo Ministério Público de cinco crimes contra a mesma vítima, em 2017, mas as suspeitas de abuso começaram muito antes.