“Enfrentamos uma situação sem precedentes na história da humanidade”, com o planeta a revelar grandes “anomalias” ao nível climático, oceânico e da biodiversidade, sublinhou Jürgen Renn, no evento “SOS Oceano”, em Paris, a 30 de março. Em entrevista ao Expresso, nesse dia, o também físico, matemático e historiador da ciência lembra que estamos apenas a "começar a entender como tudo está profundamente interligado” – o clima, o oceano, a biodiversidade – e como não devemos "promover ilusões de controle”, e sim “criar uma nova dinâmica na ciência, na sociedade e na política”, para que possamos viver bem nesta era do Antropoceno.
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"O segundo melhor momento para salvar os oceanos é agora. Tratamo-los como uma lata de lixo, de onde extraímos peixe sem limite"
A frase é do cientista alemão Jürgen Renn, diretor do Instituto Max Planck de Geoantropologia, na Alemanha. Em entrevista ao Expresso, o físico, matemático e historiador sinaliza que nos tempos que correm “a ciência tem que se tornar mais corajosa" e lembra que devíamos ter começado a agir para salvar os oceanos "há 50 anos"