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“Podem ser dois submarinos mais pequenos, ou um similar”, admite o novo chefe da Armada em entrevista ao Expresso

O almirante Jorge Nobre de Sousa, chefe do Estado-Maior da Armada, diz na sua primeira entrevista do mandato que “se não houver atenção à valorização da condição militar, podemos adquirir os melhores meios do mundo e depois não ter as pessoas para os operar”. O CEMA espera que o novo Governo olhe para o reforço dos compromissos com a Defesa "com seriedade" e apela à reversão dos cortes nas pensões que ficaram da troika

Nobre de Sousa apela ao fim de cortes nas pensões militares

O ambiente estratégico mundial mudou radicalmente desde a tomada de posse do almirante Jorge Nobre de Sousa como chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), a 27 de dezembro do ano passado: os EUA aproximaram-se da Rússia e afastaram-se da NATO, dos aliados e da Ucrânia, enquanto a União Europeia lançou um plano para investir massivamente em defesa. Perante a nova realidade, o sucessor de Henrique Gouveia e Melo ao leme da Marinha assume a ambição de adquirir mais meios, como submarinos e fragatas, mas pede atenção à condição militar, defendendo uma reversão do corte nas reformas do tempo da troika. Caso contrário, com novos navios a chegar nos próximos anos, corre o risco de não ter gente para os operar.