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30% do mar dos Açores vai estar protegido, mas há recuos na Madeira e promessas por concretizar no Continente

Para cumprir as metas a que se comprometeu, Portugal tem de acelerar o processo de classificação de áreas marinhas protegidas e demonstrar que as protege mesmo. A recente iniciativa do Governo açoriano permitiu um salto quantitativo. Em mais de 100 mil km2 de mar não serão permitidas atividades extrativas ou destrutivas

As raias são um das espécies de peixe marinho mais ameaçadas do mundo e as AMP ajudam a protegê-las
Emanuel Gonçalves

Ainda há muito mar para salvaguardar até Portugal cumprir a meta de ter 30% das suas áreas marinhas com estatuto de proteção em 2030 e assim cumprir os compromissos internacionais assumidos no Acordo de Kunming-Montreal, em foco na Conferência da Biodiversidade que decorre na Colômbia.

Atualmente, 4,5% do mar português é ocupado por áreas marinhas protegidas (AMP) e metade destas estão no mar dos Açores. Esta percentagem nacional vai saltar para 17% com o alargamento do Parque Marinho oceânico açoriano, recentemente aprovado pelo Governo Regional e que permite ter a maior rede de proteção do Atlântico Norte. “Proteger 30% do mar dos Açores corresponde a proteger 16-17% do Mar Nacional”, frisou a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, em entrevista ao Expresso.