“Os seres humanos não hesitam em dar a sua vida para salvar uma criança que caiu na linha do comboio, mas também são autores de violências terríveis, como em Auschwitz. O vasto espectro da humanidade, que vai do sublime ao brutal, tem sido para mim, desde criança, como um problema difícil de lidar. Pode dizer-se que os meus livros são variações sobre este tema da violência humana.” Foi assim que, em 2016, Han Kang resumiu aquilo que a move à revista “The White Review”. Tinha acabado de vencer o Man International Booker Prize com o romance “A Vegetariana”, a história de uma mulher que adere ao vegetarianismo num gesto radical de recusa da crueldade humana e de afirmação do poder sobre o seu próprio corpo. A protagonista paga a ousadia com o internamento e alimentação forçados.
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Literatura. Han Kang é a 18ª mulher a ganhar o prémio desde 1901,e a primeira asiática
Os livros da sul-coreana são variações sobre o tema da violência humana