Os empresários, que têm bares em zonas como o Bairro Alto, temem entrar em falência caso as medidas anunciadas pela Câmara de Lisboa avancem. As restrições incluem a proibição de venda de bebidas alcoólicas para consumo na rua a partir da uma da manhã.
A autarquia da capital diz que está a dar prioridade à qualidade de vida dos lisboetas, ao aprovar novas regras para a vida noturna em zonas como o Bairro Alto, a Bica, o Cais do Sodré e Santos.
Entre as propostas, que vão estar em consulta pública durante 30 dias, está a proibição de venda de bebidas para serem consumidas na rua, a partir da 1 hora da manhã.
Os empresários do setor garantem que a medida coloca em risco muitos negócios.
Lojas de conveniência fechadas depois das 22 horas?
A Câmara de Lisboa quer também que lojas como mercearias e garrafeiras, que tenham menos de 100 metros quadrados e que vendam álcool depois das 22 horas, passem a ter de fechar portas a essa hora, tal como as lojas de conveniência.
Esta medida foi bem recebida pela associação que, só na zona do Bairro Alto, representa cerca de 200 empresários e empresas.
“Existem minimercados, lojas de souvenirs e outro tipos de lojas, até retrosarias, que depois mais não são espaços do que vendem álcool até à meia-noite. e fazia com que houvesse muitas garrafas de vidro pela rua, sem qualquer controle, sendo que são proibidas. Portanto, essa clarificação por parte da câmara nós achamos que é muito positiva”, afirma o presidente da Associação de Bares, Discotecas e Animadores, Ricardo Tavares.
Os empresários apelam a um reforço da fiscalização do uso de colunas de som por pessoas que circulam por estes bairros e garantem que vão ter voz ativa na consulta pública.
As alterações previstas pla autarquia afetam ainda as esplanadas, que vão ter um limite de funcionamento até à meia-noite, mesmo que o espaço a que pertençam possa estar aberto até mais tarde.
A Câmara de Lisboa lembra ainda que, para traçar estas novas regras, teve em conta as denúncias de ruído e de insegurança feitas por moradores.