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Crise no SNS enche urgências dos hospitais privados

Com uma afluência acima da média e a receber casos de doentes mais graves que o habitual, os hospitais privados já sofrem alguns constrangimentos e há casos de fecho temporário de serviços. Doentes pedem para ir para o público quando precisam de ser internados

Hospitais privados da área de Lisboa são os mais afetados. Afluência é elevada mas esperada para a época
nuno fox

As longas esperas nas urgências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão a contagiar as unidades privadas na Grande Lisboa. O atendimento permanente dos três grandes hospitais privados tem registado uma afluência muito elevada, com entradas de doentes graves a precisarem de reanimação. Já há casos de fechos temporários dos serviços.

“Estamos a viver com a incapacidade do SNS e a ser assoberbados por uma avalancha de pessoas. De 70 a 80 atendimentos por dia, passámos para mais de 100 e já tivemos 140, para uma equipa de três médicos”, conta um especialista em medicina interna da CUF Sintra. “Na semana passada, a meio do dia tínhamos 66 doentes para observar. Às 22 horas estávamos a ver os doentes do meio-dia. Nunca aconteceu e tivemos de fechar a admissão.”