Exclusivo

Sociedade

Alentejo: chove menos, vacas aumentaram 500%, desertificação agravou-se e travá-la depende da reflorestação e do fim de subsídio ao gado

A ideia é defendida pela geógrafa Maria José Roxo, uma das investigadoras do projeto que visa combater a desertificação que afeta mais de 90% da região alentejana. Os resultados finais do REA Alentejo são esta terça-feira apresentados num seminário intitulado “Alterações Climáticas e Desertificação: como pode o Baixo Alentejo preparar-se para enfrentar fenómenos adversos?”, organizado em Beja

NUNO VEIGA / LUSA

Com 94% do Baixo Alentejo suscetível à desertificação, chegando a 96% na margem esquerda do Guadiana, é preciso avançar com medidas de adaptação para enfrentar e atenuar os efeitos das alterações climáticas neste território. Entre estas, a reflorestação com espécies que permitam reter água e restaurar solos; e a diminuição das cabeças de gado, cuja quantidade excessiva em algumas áreas agudiza a erosão dos solos.