Exclusivo

Sociedade

A busca pelos mosquitos da dengue e zika em Portugal: como são, onde vivem, que riscos trazem e quais os cuidados a ter em casa

Os Aedes albopictus ou mosquitos tigre-asiático foram detetados em Lisboa em setembro, elevando o nível de alerta e de vigilância por serem vetores de doenças tropicais quando estão infetados. O Expresso acompanhou as várias etapas do trabalho de monitorização destes mosquitos em Portugal, desde as armadilhas às análises nos laboratórios do INSA, passando pelas reuniões de coordenação na sala de operações da sede da DGS
O Aedes albopictus em versão adulta
Ana Baião

Todas as semanas, os carteiros entregam nos laboratórios do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) em Águas de Moura, no concelho de Palmela, dezenas de caixas de esferovite embaladas e protegidas. Lá dentro estão amostras de mosquitos recolhidas por todo o país: em espátulas de madeira vêm os ovos de mosquito, em frasquinhos com água chegam as larvas e em pequenas redes são entregues os mosquitos já adultos.

Essas amostras são recolhidas a partir das armadilhas colocadas em vários pontos do país, no âmbito do programa REVIVE (Rede de Vigilância de Vetores), coordenado pelo INSA e criado para detetar atempadamente mosquitos exóticos e vírus que possam ter impacto na saúde pública.