Bateram-se recordes de temperatura esta semana a nível mundial?
“É o que indicam várias instituições científicas e o que faz sentido do ponto de vista da plausibilidade”, diz o climatologista Carlos Câmara. A temperatura média do ar à escala global atingiu 17,01 °C na passada segunda-feira, 3 de julho, e subiu mais 0,17°C no dia seguinte para 17,18 °C, segundo dados de centros meteorológicos da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). Este valor ultrapassa o recorde anteriormente registado em agosto de 2016 (16,92 °C, também em ano de El Niño) e está 0,81 °C e 0,26 °C acima da média diária de 16,2 °C verificada pela NOAA em inícios de julho no período entre 1979 e 2000.
Também o sistema europeu Copernicus registou um recorde, mas com os termómetros a apontarem para valores diferentes: 16,88°C medidos a 3 de julho, quando o recorde anterior era de 16,80°C em agosto de 2016. Independentemente da diferença de valores, os recordes foram registados e o investigador do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa frisa que, “se esta é a média, isto significa que há extremos mais elevados a serem atingidos em várias partes do mundo”. Em algumas regiões no Norte de África os termómetros aproximaram-se dos 50 °C e a onda de calor que assola partes da China, fizeram-nos subir acima dos 35ºC nalguns locais.