Sociedade

Apanha da amêijoa: as fotos do local onde viviam os imigrantes explorados pela rede ilegal, em "condições absolutamente deploráveis"

Megaoperação da Polícia Marítima, com o SEF, PSP, SIS e Autoridade Tributária, desmantelou rede criminosa transfronteiriça que se dedica à captura ilícita e tráfico de amêijoa japonesa, com origem no Rio Tejo, recorrendo à exploração de imigrantes asiáticos. Um dos 30 mandados de busca visava o proprietário das ‘casas’ insalubres, que cobrava €300 a cada trabalhador.

A megaoperação da Unidade Central de Investigação Criminal (UCIC) da Polícia Marítima, com vista ao desmantelamento de redes criminosas de captura ilícita e tráfico internacional de amêijoa japonesa apanhada no Rio Tejo, estava a ser preparada há vários meses. Já se sabia que numa rua do Montijo viviam dezenas de imigrantes asiáticos, explorados na apanha dos bivalves, mas nada preparou os agentes quando na madrugada desta quarta-feira tentaram entrar “nos barracos”.

“Deparámo-nos com uns trezentos homens, asiáticos, em condições absolutamente deploráveis, nojentas mesmo. É até difícil entrar ou ainda menos permanecer lá dentro por causa do cheiro. Está tudo no chão, é impressionante. E pelo número de fatos de mergulho que encontrámos, serão ainda mais. Não estavam lá todos. Já foi chamado o delegado de saúde”, explicou ao Expresso fonte da investigação, que se encontra no local.

Nesta fotogaleria, com imagens cedida pela investigação, pode ver com detalhe os locais onde os imigrantes viviam.