Para que o Instituto de Medicina Legal liberte um cadáver é, muitas vezes, necessária uma ordem do tribunal. Mas nos últimos sete dias, esse papel foi mais difícil de obter. “Durante a nossa greve, os tribunais funcionaram com serviços mínimos e sabemos que uma das consequências foi o facto de o INML ficar com cadáveres por entregar porque as diligências necessárias tiveram de ser adiadas”, garante António Marçal, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais que tem liderado uma luta que, só nesta última semana, levou ao adiamento de 12 mil diligências.
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“Houve cadáveres que ficaram por entregar”: greve dos oficiais de justiça adiou 12 mil diligências e vem aí a “maior paralisação de sempre”
A segunda greve do ano dos funcionários judiciais terminou sem acordo à vista. “A ministra quando fala ou falta à verdade ou diz que a solução está para breve, mas não está”, acusa o presidente do sindicato que já anunciou uma nova greve “criativa” que vai durar quase dois meses. “A intransigência não é nossa, é da ministra”