Com a diminuição do abandono escolar e a massificação do ensino secundário e superior, Portugal produziu nas últimas décadas a geração mais qualificada de sempre.
Alguns deram já entrada no mercado de trabalho, outros estão ainda a terminar os seus estudos. Mas há algo que contrasta com os promissores avanços alcançados na educação.
“Os jovens enfrentam dificuldades na transição para o mercado de trabalho, quer em termos de oportunidades de emprego, quer de qualidade do emprego”, vaticina o recém-publicado ‘Livro Branco “Mais e Melhores Empregos para os Jovens”’.
“A coexistência da sobre-qualificação, do desemprego e de défice de mão-de-obra é, de facto, o paradoxo da economia portuguesa, que importa reduzir”, defendem o Observatório do Emprego Jovem, Fundação José Neves e o escritório de Lisboa da Organização Internacional do Trabalho (autores deste documento). “É preciso evitar a todo o custo a possibilidade de uma geração perdida.”