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Os EUA vão mudar o critério para rotular alimentos como “saudáveis”: será a medida mais eficaz para promover uma alimentação equilibrada?

"Uma solução “interessante”, considera a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, mas, por si só, poderá não ser a forma mais eficaz de promover bons hábitos alimentares: nos Estados Unidos a novidade é rotular os alimentos não apenas pelas suas características nutricionais, mas tendo em conta a forma como se enquadram numa dieta equilibrada

A Food and Drug Administration (FDA), agência responsável por desenhar as políticas de alimentação norte-americanas, anunciou no passado dia 28 de setembro que vai alterar o seu critério para classificar produtos alimentares como “saudáveis”.

Em questão está o processo de rotulagem dos produtos alimentares comercializados nos EUA, particularmente os embalados. Conforme o critério ainda em vigor, os produtores têm a opção de fazer uma alegação nutricional ao acrescentar a palavra “saudável” nos seus rótulos, isto se as características nutricionais dos seus alimentos estiverem dentro dos limites impostos pela agência.

Até ao anúncio do mês passado, qualquer produto - exceto marisco, carne de caça e legumes e frutos crus - era considerado “saudável” se não excedesse uma certa quantidade de gordura, gordura saturada, sódio e colesterol. Ao mesmo tempo, o seu consumo teria de representar pelo menos 10% da ingestão diária recomendada de pelo menos um destes nutrientes: cálcio, ferro, proteína, fibras dietéticas ou das vitaminas A, B ou D.