Os preços dos produtos essenciais subiram, de acordo com a Deco, 5,44% desde que a guerra na Ucrânia começou. Já o salário médio mensal dos portugueses aumentou, em janeiro de 2022 face a janeiro de 2021, 1,7%. Segundo a análise do “Jornal de Notícias”, o crescimento do preço dos bens essenciais é mais do triplo do que o dos salários.
O preço de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais custa, agora, 193,63 euros. No entanto, segundo a monitorização de preços da Deco, antes da guerra (a 23 de fevereiro) custava 183,63 euros (menos 10 euros).
Os produtos que registaram a maior subida de preço foram o óleo alimentar 100% vegetal, os cereais de pequeno-almoço, a batata, o robalo, o peru e a cenoura. “Primeiro, o pretexto foi a pandemia, depois, a seca e, agora, a guerra, mas a especulação é a responsável pelos aumentos até agora”, diz João Dinis, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). “Os efeitos da escassez só vão ser evidentes no verão”, prevê, podendo, nessa altura, verificar-se a falta de alguns bens.