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Produção de resíduos hospitalares aumentou 40% durante a pandemia. Associações alertam para a necessidade de recuperar boas práticas

Em dois anos, houve um acréscimo na quantidade de resíduos hospitalares produzidos, desde máscaras, fatos e luvas, a seringas e agulhas utilizadas nas vacinas contra a covid-19 e material usado nos testes. As empresas responsáveis pelo tratamento destes resíduos tiveram de se adaptar, alargando horários e contratando mais funcionários. Os serviços foram assegurados sem ruturas, mas as boas práticas de triagem e reciclagem dos resíduos ficaram para trás

Foto: MIGUEL MEDINA/AFP VIA GETTY IMAGES

Reduzir a produção de resíduos hospitalares era uma prioridade, mas a pandemia veio estancar esses esforços. Desde logo porque o perigo de contágio nos hospitais e outras unidades onde são prestados cuidados obrigou os profissionais de saúde a protegerem-se com equipamentos não tão utilizados até então, como máscaras, fatos e luvas. Isto é uma parte da história. A outra tem início em 2021, com a campanha de vacinação contra a covid-19 que arrancou no país e a utilização massiva de testes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou recentemente para o aumento de milhares de toneladas de resíduos médicos que resultaram da pandemia em vários países do mundo. Portugal não foi incluído nas contas, mas os números mostram que não escapou ao padrão.