Neste momento, apenas inspiram cuidados três dos quatro doentes feridos com gravidade na sequência do incêndio deflagrado no serviço de Pneumologia do Hospital de São João, no Porto.
Apesar de serem "graves e complexos", os três doentes "estão a evoluir de forma favorável", disse fonte da unidade hospitalar ao Expresso. Dois ainda mantêm um prognóstico reservado.
O doente investigado por suspeitas de ser o responsável pelo incêndio é, dos três, o que tem melhor prognóstico. No momento do incêndio, estava internado no mesmo quarto que a vítima mortal.
O quarto doente que inicialmente foi ferido com gravidade tem tido uma "evolução clínica muito favorável", apesar de ainda se encontrar internado "em enfermaria para tratamento da sua patologia de base pela qual estava internado aquando do trágico acontecimento", diz a mesma fonte.
O incêndio deflagrou no dia 19 de dezembro no serviço de Pneumologia. Provocou um morto e quatro feridos com gravidade, e deixou cinco profissionais da unidade hospitalar a necessitar de cuidados, que tiveram alta na própria noite.
No dia seguinte, o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, disse que a PJ vai procurar dar uma resposta "o mais rapidamente possível relativamente às causas" do incêndio.
MINISTRA SEGURA DIREÇÃO DO SÃO JOÃO
O Conselho de Administração do CHUSJ pediu a demissão na tarde dessa segunda-feira, 20 de dezembro, após o incêndio.
A Ministra da Saúde, Marta Temido, disse no entanto que mantém total confiança no trabalho desenvolvido pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de S. João, pelo que respondeu não poder aceitar o pedido de demissão.
A administração está à espera do despiste de qualquer negligência do hospital, através do resultado das investigações, para decidir se permanece.