De acordo com os Resultados Provisórios dos Censos 2021, as pessoas que vivem sozinhas aumentaram 18,6% na última década, representando, em 2021, praticamente um quarto (24,8%) dos agregados familiares em Portugal.
É na Área Metropolitana de Lisboa que os agregados unipessoais são mais representativos (28,2%) no país. Por outro lado, os Açores apresentam-se como a região onde são menos comuns (20,3%).
Apesar deste aumento, os agregados com duas pessoas continuam a ser os mais prevalentes (33,3%) em Portugal.
Por seu turno, os agregados de maior dimensão tem vindo a perder expressão. Os de quatro pessoas representam agora 14,7% (em 2011, 16,6%) e os de cinco pessoas têm um peso de 5,6% (em 2011 representavam 6,5%).
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, "estas alterações ao nível da dimensão das estruturas familiares são resultado das tendências verificadas ao nível dos padrões de fecundidade, nupcialidade e divorcialidade e que concorrem para agregados domésticos mais pequenos".
A arquitetura da forma como as pessoas se organizam para viver estabeleceu a dimensão média dos agregados domésticos privados em 2,5 pessoas.
Porém, a análise por município permite verificar que este valor é claramente superior em alguns municípios da Região Autónoma dos Açores e no litoral norte, destacando-se a Ribeira Grande, Lagoa (Região Autónoma dos Açores) e Vila Franca do Campo, com valores acima das 3 pessoas por agregado. Em contrapartida, os valores mais baixos registam-se essencialmente em municípios do interior norte e centro.