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Falta de verbas atrasa estudo sobre raspadinhas

Estudo do Conselho Económico e Social arranca em janeiro. Primeiros resultados conhecidos na primavera

O objetivo era arrancar no mês de novembro, mas o estudo do Conselho Económico e Social (CES) sobre o impacto psicológico e social das raspadinhas só vai começar em janeiro. O atraso deve-se a “dificuldades na obtenção de financiamento”, que obrigaram a uma “readaptação do estudo”, esclarece Francisco Assis, presidente do CES, ao Expresso. Por enquanto, está garantido financiamento apenas para a primeira fase do estudo. São cerca de €30 mil. O dinheiro foi obtido junto de quatro entidades: Fundação Manuel António da Mota, Apifarma (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica), Fundação Social Bancária e Fundação Mestre Casais.

Esta primeira fase, que deverá demorar dois meses e meio, consiste na realização de inquéritos por telefone a cerca de duas mil pessoas (inicialmente estavam previstas 10 mil), numa amostra representativa da população. A ideia neste primeiro momento é fazer uma caracterização socioeconómica da população — tanto a que joga nas raspadinhas como a que não joga — e identificar “alguns comportamentos aditivos ou problemáticos” associados ao jogo, explica Luís Aguiar-Conraria, professor de Economia na Universidade do Minho e um dos investigadores responsáveis pelo estudo.