Não foi logo cedo que nascer sem útero a pôs em confronto com a impossibilidade de uma gravidez. Mas aos 28 anos Joana já tinha arranjado alguém. Começou a sentir “aquele chamamento da maternidade”.
Sabia que o processo para ter um filho, no seu caso, “ia ser muito diferente do das outras mulheres”. A síndrome Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser fê-la crescer sem canal vaginal e sem útero. Logo que descobriu esta condição, aos 17 anos, a principal preocupação passou pela reconstrução do canal vaginal através de cirurgia. Rápido haveria de surgir outra desilusão: ainda não há solução para colocar um útero numa mulher.