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Conselho Superior da Magistratura nega relatório a Sócrates e entra em contradição com o Ministério Público

Conselho Superior da Magistratura alega que relatório sobre a distribuição da Operação Marquês está em segredo de justiça, mas Ministério Público diz que não. Numa carta de resposta à decisão do Conselho a que o Expresso teve acesso, Sócrates queixa-se de ser "um joguete"

José Sócrates é assistente no processo que investiga a distribuição da Operação Marquês, mas não tem acesso a nada porque o caso está em segredo de justiça
Ana Baião

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) recusou dar a José Sócrates uma cópia do relatório da investigação que fez à distribuição da Operação Marquês, argumentando que “o documento em apreço foi solicitado pela PGR no âmbito de um inquérito em segredo de justiça”.
Problema: há mais de um mês, o ex-primeiro-ministro e principal arguido do caso Marquês já tinha pedido acesso ao documento ao procurador que investiga se houve crime na distribuição da Operação Marquês. Este magistrado respondeu que “os elementos na posse do CSM emanados daquele órgão podem ser divulgados” e que o que é de acesso interdito “é todo o conjunto de diligências a encadear os atos que estão a ser realizados neste processo”.