Sociedade

Rita Matias, a promessa do Chega acusada de plágio: “Há pessoas que perderam o emprego por estarem no Chega”

Militante considera que André Ventura “corre risco de vida”

Rita Matias no III Congresso do Chega, em Coimbra. Discurso tem trechos semelhantes aos de um feito por Giogia Meloni, líder do Fratelli d'Italia
António Pedro Ferreira

Rita Matias, a jovem de 22 anos que integra a direção do partido Chega, considera que o discurso de ódio utilizado pelo partido que integra “é uma resposta aos discursos que já existiam e que não tinham o contrapeso”. Rita Matias refere que há pessoas que alegam “não podem dar a cara por este projeto [o Chega] porque depois têm represálias a nível laboral e familiar”, sentimento que confessa "entender perfeitamente”.

Em entrevista ao jornal “i”, a mestranda em Ciência Política e Relações Internacionais, relata as consequências na sua vida por ocupar um lugar de destaque no Chega. “No dia em que assumi um lugar na direção do Chega, no meu local de trabalho tinha vários recados para mim e os meus colegas saíram do gabinete, e eram pessoas com quem tinha uma boa relação, saíram e eu fiquei sozinha”. Rita Matias acrescenta que há “pessoas no partido que perderam o emprego”.

A jovem crítica, ainda, a sua geração, "estes novos antifascistas que mais parecem uma noção real censura”. A jovem refere que, depois de ter sido acusada de plagiar discurso de líder do Fratelli d'Italia, recebeu “muitas mensagens de ódio”.

Rita Matias acrescenta que acredita “no projeto de André Ventura porque só um louco é que estaria disposto a dar a sua própria vida - e André Ventura corre risco de vida muitas vezes”. A jovem menciona ainda o episódio da campanha para as eleições presidenciais, em Setúbal, em janeiro. “O André Ventura foi agredido com uma pedra, eu fui agredida com um ovo, não é mera brincadeira. É um risco sério.”