Não há ainda vacinas pandémicas para todos nem garantia de quando vão existir, mas só nas últimas duas semanas Portugal deitou fora doses para proteger 6 mil portugueses. O desperdício é generalizado entre os países europeus e deve-se à inércia da Agência Europeia de Medicamentos em aprovar o pedido do primeiro laboratório fornecedor, Pfizer, para que sejam preparadas seis e não cinco doses por frasco.
O pedido de alteração das doses foi entregue ao regulador europeu no dia 30 de dezembro e continua sem resposta. Ainda assim, o Infarmed decidiu avançar sozinho, “de forma interina”, e no próprio dia autorizou que sejam preparadas seis doses. Mas nem assim o procedimento já está em prática. Para que farmacêuticos e enfermeiros comecem a inocular meia dúzia de pessoas com um frasco falta uma norma da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Até terça-feira, no balanço mais recente, tinham sido administradas 32 mil vacinas, ou seja, foram abertos seis mil frascos, e de cada um foi deitada fora uma dose.
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