Se o céu estiver limpo, na noite 21 de dezembro vamos ter o privilégio de observar em todo o seu esplendor a famosa Estrela de Belém. Privilégio, porque é um fenómeno que só volta a acontecer daqui a 60 anos. Mas esplendor talvez seja um pouco exagerado, porque se trata apenas de uma estrela muito brilhante que poderemos observar no céu noturno a olho nu. Na verdade, não é uma estrela, mas antes a conjunção (sobreposição) de Júpiter e Saturno, os maiores planetas do Sistema Solar.
O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) considera este acontecimento "astronomicamente muito especial", mas chama-lhe antes "uma nova Estrela de Belém". E com toda a razão. Assim, há várias teorias sobre o que se passou nos céus da Palestina há cerca de 2000 anos, o que significa que nada garante ter sido uma conjunção entre os dois planetas gasosos gigantes como aquela que iremos ver a 21 de dezembro. Mas é uma das hipóteses de explicação.