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Covid-19. Lisboa é a região mais lotada

País ainda mal entrou no outono e já tem SNS sob pressão. Em Lisboa há hospitais a pedir ajuda

Marcos Borga (MB)

Globalmente, o Serviço Nacional de Saúde continua a ter camas de sobra para internamento, mas já há hospitais sem ter onde acomodar mais doentes covid-19. O aumento de novas infeções no Norte e na região de Lisboa para valores próximos do pico registado durante o ataque inicial do vírus, em abril, está a congestionar vários hospitais, e os profissionais exigem a gestão articulada das hospitalizações. A entrada de doentes covid-19 não pode fechar a porta a todos os outros (ver texto em cima).

O Ministério da Saúde afirma que “a capacidade instalada é de 21 mil camas de internamento e que, a 30 de setembro, estão ocupadas 666 com doentes covid-19, cerca de metade das usadas no pico da pandemia, a 16 de abril, quando estavam 1302” hospitalizados. A folga repete-se nos cuidados intensivos: “Estão internados 105 doentes, um número distante dos 271 registados em abril, no dia 7.” Marta Temido garante que o prognóstico não é reservado, pois “a capacidade é expansiva, quer para internamentos em enfermarias quer para cuidados intensivos”.