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Demógrafo da Universidade de Oxford: “A mortalidade em Inglaterra e Gales causou uma perda de quase dois anos na esperança de vida”

Tendo em conta a mortalidade nos primeiros seis meses do ano em Inglaterra e no País de Gales, os demógrafos estimam um recuo de 1,7 anos na esperança de vida das mulheres e 1,9 anos dos homens. “O que ainda não se sabe é se diminuirá durante todo o ano de 2020”, aponta ao Expresso José Manuel Aburto, investigador em demografia na Universidade de Oxford e coautor do estudo

Mensagens escritas pelos utentes de um lar de idosos em Bromsgrove, Inglaterra, dirigidas aos familiares
Carl Recine / Reuters

A mortalidade registada em Inglaterra e no País de Gales nos primeiros seis meses deste ano fez a esperança de vida recuar quase dois anos. Em entrevista ao Expresso, José Manuel Aburto, sociólogo, investigador em demografia na Universidade de Oxford e um dos autores do artigo científico publicado esta semana sobre o impacto da mortalidade, afirma que a esperança de vida à nascença também deverá recuar em todo o Reino Unido em 2020. Resta saber qual será a “magnitude dessa redução” a nível nacional, que estará dependente da forma como a pandemia evoluir e for controlada durante o resto do ano.