Já ouvimos falar nas últimas semanas do novo normal e do regresso gradual a uma realidade que nunca poderá ser a mesma que conhecíamos sem uma vacina contra a covid-19. O que não significa que as outras doenças não deixem de existir porque os holofotes (e os medos) estão todos fixados na pandemia. Até porque, apesar de para a maior parte dessas doenças existirem vacinas, podem surgir novos surtos se as crianças não receberem as vacinas devidas, colocando em risco não só a sua saúde mas também a da comunidade onde se inserem.
Portugal não é exceção a este perigo e os dados mais recentes apontam para que este seja uma ameaça real. A quebra de 13% no cumprimento do Plano Nacional de Vacinação foi mesmo mencionada pela diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, e os números preocupam os especialistas em saúde pública e pediatria. “As doenças contra as quais vacinamos não estão eliminadas e muito menos erradicadas”, lembra Luís Varandas. O professor auxiliar de Pediatria da Nova Medical School garante que o país é “um bom exemplo, com taxas de cobertura excelentes” — que chegam aos 98% no caso do sarampo, por exemplo —, ao mesmo tempo que concede que “na situação atual os pais estão duplamente preocupados. Por um lado, têm consciência de que a descida das taxas de vacinação pode levar ao ressurgimento de algumas infeções e, por outro lado, têm medo da covid-19”.
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