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Menos 60% de transplantes na pandemia, quando mais se necessita deles

Necessidade de transplantar corações e pulmões aumentou, mas as doações caíram drasticamente. Cirurgias eletivas estão suspensas

Paula Martins viu o transplante de rim ser adiado e, por isso, terá de começar a fazer diálise
rui duarte silva

A vida de Paula Martins, de 56 anos, chegou a ter data marcada para mudar: 31 de março. Mas a pandemia não permitiu que o transplante renal de dador vivo, há muito aguardado, acontecesse. Agora, a data fundamental é outra — 4 de maio —, quando deverão ter início as sessões de diálise. Insuficiente renal desde 1994, consequência de uma gravidez mal sucedida que a transformou em doente crónica, esta administrativa de um centro de saúde em Gaia está inconsolável.

“Estou desesperada, a minha vida parou. Os resultados das análises pioraram e eu, que tentei tanto não entrar em diálise, agora não vou escapar”, desabafa. As consultas no Hospital de Santo António, no Porto, passaram a ser feitas pelo telefone, e o que mais a assusta é não haver um fim à vista: “Quando pergunto quando poderei ser operada, respondem apenas ‘em breve’.” Se tudo correr bem, espera ser finalmente operada em setembro.

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