Exclusivo

Sociedade

Burlão usou nome de Marcelo para sacar donativos para vítimas de Pedrógão

Um homem fez-se passar por adjunto do Presidente da República para tentar enganar os donos do Grupo Solverde e da Casa Ermelinda Freitas

Alexandre Alves Ferreira chegou a enviar o próprio currículo para a revista “Cristina” em nome de Duarte Vaz Pinto
D.R/Caras

Manuel Violas preparava-se para apanhar o avião que o ia levar de férias de Ano Novo quando o telemóvel tocou. O presidente do Grupo Solverde, proprietário da maior cadeia de casinos e hotéis do país, não reconheceu o número mas atendeu na mesma. Do outro lado da linha, um homem que se identificou como Duarte Vaz Pinto, “adjunto do Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa”, tinha um assunto urgente para tratar. “Disse que uma vítima de Pedrógão precisava de uma cirurgia plástica urgente ao rosto e, em nome do presidente, pediu um donativo. E tinha de ser naquele dia”, contou Manuel Violas a uma procuradora do Ministério Público. “Disse-me que o Presidente pedia sigilo absoluto.” Manuel Violas concordou em doar cinco mil euros e recebeu por email o número da conta bancária para onde deveria transferir o dinheiro. O “adjunto” do presidente agradeceu e insistiu num ponto: não deveria contar nada a ninguém.

Tanta insistência no segredo e na urgência da operação de caridade fez Manuel Violas desconfiar de que estava a ser alvo de uma burla. Por precaução, pediu a um colaborador que entrasse em contacto com a Casa Civil da Presidência da República para reencaminhar o email que tinha recebido e embarcou no avião.

Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler (também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso).

Torne-se assinante