O nome do espetáculo — “Solstício de Inverno” — refere aquela época do ano em que, no hemisfério norte, o inverno começa. É a altura em que existe o dia mais curto do ano e em que as noites são mais longas. É tempo de frio. 21 de dezembro e 21 de junho, sensivelmente, marcam os invernos em cada uma das metades da Terra, norte e sul, com tudo o que isso implica, fisicamente, culturalmente, simbolicamente. O solstício de inverno é aquele tempo em que a escuridão é maior do que a claridade, dura mais tempo; é o tempo em que as batalhas entre dia e noite, luz e trevas, frio e calor, se revestem de profundos significados; são batalhas que penetram na mente e nos espíritos das pessoas, tanto como nos corpos e na carne. É a altura em que o calor é uma espécie de bem precioso, sinónimo de uma vida que se define, em grande medida, contra o frio e contra a escuridão, que parece ameaçar a própria vida dos dias.