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Teatro & Dança

Teatro: “Só Mais uma Gaivota” é Inês Barahona e Miguel Fragata a conversar com os clássicos

Miguel Fragata queria encenar “A Gaivota”, de Tchékhov: o seu gigantesco trabalho de dramaturgia e preparação passou pela criação de um texto e de um espetáculo totalmente novos. No CCB, em Lisboa, de 18 a 28

“Só Mais uma Gaivota”: uma enorme dramaturgia para um espetáculo que é para um intérprete
Manuel Loureiro

Em 1896 estreou-se “A Gaivota”, de Anton Tchékhov, em São Petersburgo. Foi um fracasso. Em 1898, a peça é encenada por Konstantin Stanislavski, no Teatro de Arte de Moscovo. Foi um êxito. Em 2005, “A Gaivota” foi o exercício final dos alunos do curso de Teatro da ESMAE, no Porto, com encenação de João Pedro Vaz. Um espetáculo no Teatro Helena Sá e Costa. Entre os 13 intérpretes contava-se Miguel Fragata, que depois, com Inês Barahona, iria criar a Formiga Atómica, uma Companhia de Teatro que, no seu repertório, não tem feito os chamados clássicos. “Mas este ano eu tinha decidido que ia fazer um clássico. Pensei em pegar em ‘A Gaivota’, de Anton Tchékhov, e fazê-la comme il faut. Entusiasmei-me ao ponto de já ter pensado num elenco e tudo…”, diz Miguel Fragata na peça “Só Mais uma Gaivota”. Também diz que, há 20 anos, “A Gaivota” “deu sentido à nossa vontade de fazer teatro. Foi com ela que, pela primeira vez, depois de três anos de curso, sentimos que o teatro pode conversar com a vida”.