Berlim, 1926. O pintor Otto Dix cruza-se com a escritora, jornalista e crítica literária Sylvia von Harden, e sente uma imediata necessidade de a retratar. Sylvia reage com alguma surpresa: “mas então você quer pintar estes olhos mortiços, este nariz de papagaio, esta boca que mal se vê, estes dois espetos, estas patas, vai assustar toda a gente, não vai agradar a ninguém”.
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Teatro. A mulher angulosa que ganhou a eternidade pendurada numa parede
O trabalho cenográfico, de Marisa Fernandes ecoa o quadro de Otto Dix, e o actor Cristóvão Campos constrói, na encenação de Rui Neto, uma extraordinária personagem. Trata-se de “Monóculo, Retrato de S. von Harden”, de Stéphane Ghislain Roussel, no Teatro Aberto, em Lisboa, até 3 de novembro