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Livros: Stênio Gardel numa história de amor ‘queer’

“A Palavra que Resta” é um romance sobre o que não foi dito. Ou sobre o que foi dito mas só muito tarde compreendido, entre duas pessoas unidas por um amor que não se cumpriu

Stênio Gardel
Fernanda Oliveira

Uma carta guardada durante 50 anos. Missiva que Raimundo Gaudêncio traz junto à pele, como uma relíquia. Carta de amor que, segundo a ordem natural das coisas, jamais será decifrada, pois ele não sabe ler. Cícero, autor da carta, sabia que Gaudêncio era analfabeto. Mas essa pode ser a única forma de comunicação que resta para pronunciar um amor que não se cumpriu. Aos 71 anos, Raimundo, que em criança abandonou a escola para ajudar o pai na roça, decide então aprender a ler.