Uma característica comum às diversificadas explorações de Paulo Lisboa é que em todas elas o processo é um significante. Outra é que, em nenhuma delas, ele mergulha num formalismo que seja finalidade em si. Desta vez a metodologia elege a queimadura como modo de inscrição, uma queimadura controlada criada com luz ultravioleta. Se quisermos metaforizar, podemos dizer que as sete obras feitas em flanela preta fotodegradada que o artista aqui apresenta mostram como o excesso de luz queima e, não menos importante, cega.
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Exposições: de como o excesso de luz pode queimar (e cegar)
Na exposição “Como Silenciar o Canto dos Pássaros”, Paulo Lisboa elege a queimadura como modo de inscrição