“Transe” é um bom título para uma exposição retrospetiva que mostra o trabalho de um artista particularmente idiossincrático cuja obra destila com frequência uma estranheza ancorada numa das suas obsessões: a viagem, a que o levou a lugares tão diferenciados como o deserto de Marrocos, a nascente do Ganges, a selva amazónica ou, aqui mais perto, à região de Trás-os-Montes. São circulações que transportam consigo visões de paisagens, hábitos, mitos e signos que nos são maioritariamente estranhos, mas essa estranheza é amplificada pelos procedimentos gráficos utilizados por Rui Moreira (Porto, 1971) que impedem uma imediata localização cultural desses motivos, tornando-os opacos e sedutores.
Exclusivo
Exposições: De Marrocos a Trás-os-Montes, os lugares da pintura de Rui Moreira
Nas suas pinturas sobre papel, Rui Moreira revela-nos em “Transe” um lugar onde a estrutura e a imaginação do mundo se encontram. Uma exposição patente no MAAT, em Lisboa