Desde os anos 90 que Alexandre Estrela vem criando uma obra que convoca meios tecnologicamente pouco estabilizados nas artes visuais mas, curiosamente, parece imune à destrutiva passagem do tempo que torna anacrónicos tantas obras que investiram na dimensão high tech como modo de diferenciação. Talvez porque a tecnologia, em si, seja só um instrumento de uma exploração que nunca se deixa capturar, funcionando antes como um fluxo fugidio, uma circulação de sentido que se move entre a virtualidade das imagens, o objeto físico e o aparato técnico para existir na interceção entre eles ou algures desabar.
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Exposições: Alexandre Estrela na Culturgest, o súbito desabar das imagens
Nada é o que parece na obra de Alexandre Estrela, na qual todos os sistemas parecem à beira do abismo. “A Natureza Aborrece o Monstro” pode ser vista na Culturgest, em Lisboa, até 2 de fevereiro de 2025