A discrição é tão forte quanto a intensidade e, por isso mesmo, exposições como esta correm o risco de se passar por elas sem as ver, nem as sentir, o que é comum a certas intervenções de Carlos Nogueira (n. 1947), até porque exigem uma boa dose de silêncio e outra tanta de solidão, o que nem sempre é fácil de se conseguir. Estamos nas duas salas da Brotéria, em Lisboa, perante um quase vazio, primeiro, e depois perante uma série de vazios, 14 ao todo — e mais um, como veremos.
Exclusivo
Exposições: as trevas e a luz de Carlos Nogueira na Brotéria
Iconografia sem ícones: uma Via Sacra aberta à sensibilidade de quem souber adaptar-se ao silêncio. “densidade. e memória”, de Carlos Nogueira, na Brotéria, em Lisboa, até 16 de novembro