Ainda coincidem no espaço do Museu de Serralves as grandes telas intoxicadas de signos de Mark Bradford e as obras do brasileiro Leonilson, aforísticas e reservadas como cartas privadas. Dificilmente encontraríamos programas estéticos mais diferenciados. A exposição de José Leonilson é uma retrospetiva que inclui 250 obras, sobretudo de desenho, que cobre grande parte de uma carreira breve, mas intensamente vivida. O artista de origem cearense foi ceifado pela epidemia da sida aos 36 anos, quando esta era ainda uma condenação mortal e um anátema associado à comunidade homossexual — conjugação pesada num país acabado de sair de uma ditadura.
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