Como é que se faz um filme de encomenda, sobre o Ballet Gulbenkian? Conhece-se o cânone da ronceirice: pesquisam-se e recolhem-se textos e imagens, fotográficas e em movimento, trabalho de mergulho em arquivos; ouvem-se os protagonistas possíveis, estudiosos da coisa dançada, testemunhos institucionais, cabeças falantes; monta-se tudo, em registo cronológico, depoimento aqui, documento iconografias ali; está feito.
Claro que um cineasta a sério quer mais que despachar a incumbência. Assim se posicionou Marco Martins. Executou tudo o que se disse atrás - e montou tudo de uma forma diferente, fascinante e criativa.