Numa das últimas reuniões do Partido Socialista Europeu (PES), Mette Frederiksen vangloriou-se das suas políticas de imigração na Dinamarca. O discurso mais duro não foi do agrado de todos os presentes. A lógica da primeira-ministra dinamarquesa era a de que a política do seu país para lidar com refugiados e imigrantes tinha favorecido a sua reeleição, no final de 2022. A retórica mais restritiva em relação à imigração já lá estava, nas suas intervenções ao longo da primeira campanha eleitoral, mas ainda disfarçado. “Todos nós sabemos que não podemos ajudar todas as pessoas na Europa, mas estamos obrigados a ajudar mais, proteger e ajudar mais aqueles que precisam. Não podemos virar as costas ao mundo”, dizia em 2018 numa reunião dos socialistas europeus em Lisboa.
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Como lidar com a imigração? A Europa divide-se e os socialistas europeus ainda mais
António Vitorino diz que “há um endurecimento” do discurso e que é preciso “encontrar o equilíbrio”. José Luís Carneiro avisa que a "polarização e radicalização vão acentuar-se durante este ano de modo muito grave para as instituições”