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Chega viabilizou projeto do Livre que defende educação sexual nas escolas: deputado tenta conter críticas de militantes

O Chega absteve-se na votação de um diploma, aprovado pela esquerda, e que prevê a educação sexual nas escolas, com a “superação das discriminações em razão da orientação sexual, identidade e expressão de género”, o que seria matéria para a disciplina de Cidadania. PSD e CDS votaram contra. Agora, os deputados do Chega dizem que vão chumbar este artigo na especialidade.

José Fonseca Fernandes

No início de outubro, o PSD e o CDS já tinham dado sinais de distância sobre os conteúdos da disciplina de Cidadania, quando ambos os partidos votaram contra um projeto do Livre, a defender o alargamento do âmbito das consultas de planeamento familiar, que prevê o reforço dos conteúdos de educação sexual nas escolas. A surpresa, neste caso, foi a abstenção do Chega, que permitiu a aprovação do diploma com os votos da esquerda. O caso teve pouca repercussão pública, mas gerou muita contestação interna. As vozes mais críticas, sabe o Expresso, entendem que o partido de André Ventura entrou em contradição com uma das suas principais bandeiras doutrinárias.