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Bloco pressiona aprovação de aumentos salariais na saúde: “Quem crítica a política do Governo na saúde, juntar-se-á a nós”

No regresso aos trabalhos parlamentares, o Bloco vai insistir em propostas para a saúde que incluem um aumento em 20% de todos os salários do SNS. Sem “ilusões” com o PSD, os bloquistas esperam apoio do PS para mais uma vitória da esquerda no Parlamento

JOSÉ COELHO

Apesar do foco ter estado no Orçamento do Estado para 2025, o discurso de Mariana Mortágua na rentrée do Bloco de Esquerda incluiu também novidades legislativas. No regresso aos trabalhos parlamentares, os bloquistas vão priorizar a área da saúde. À cabeça estará a proposta anunciada pela líder bloquista no passado domingo: 20% de aumento para todos os salários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e uma majoração de 40% para os profissionais que aceitem ficar em exclusividade. O objetivo é contrariar o “caos” que o Governo está a gerar de forma “propositada” para tornar a privatização “inevitável”.

Além do aumento salarial e da exclusividade, o projeto de lei do Bloco inclui ainda um estatuto de risco e penosidade que prevê a possibilidade de suplementos como o acesso à reforma antecipada sem penalização. “Para resolver os problemas no SNS, incluindo as urgências encerradas e o aumento do número de partos em ambulâncias, é preciso resolver os problemas nas carreiras e remunerações dos profissionais de saúde. Estas medidas melhorariam as carreiras, os salários e podiam resolver o problema da falta de profissionais para garantir serviços no SNS”, explicou ao Expresso Moisés Ferreira, dirigente do Bloco e ex-deputado.