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Bugalho acredita que há “uma sensibilidade pró-portuguesa na Europa”

Eurodeputado diz que é “irresistível” criticar Pedro Nuno Santos e António Costa, os governantes que se deram “ao luxo de governar sem fazer nada”, mas tenta fazer um discurso de esperança

RUI DUARTE SILVA

Nas mais de duas horas de aula aos alunos da Universidade de Verão do PSD, Sebastião Bugalho chegou a dizer que não queria “falar de governantes”, mas de governados, e centrou quase toda a atenção na Europa e na posição portuguesa no Parlamento Europeu no próximo ciclo político. Porém, mesmo tentando “não ser tendencioso”, houve momentos da conversa com os jovens em que foi para o eurodeputado “irresistível” olhar para os ex-governantes do PS. A começar pelo atual líder socialista.

Recuperando um dos temas da campanha eleitoral de há dois meses, Bugalho falou numa gestão “intermitente” e “incoerente” do PS a propósito dos apoios para os cargos de topo, que acabaram a eleger Ursula Von der Leyen à frente da Comissão Europeia (CE) e António Costa no Conselho Europeu. “Não podemos fazer [política] como Pedro Nuno Santos, que dizia que António Costa é o primeiro presidente do Conselho Europeu com peso político, esquecendo-se que ao lado está sentado Donald Tusk [social-democrata e ex-líder do Conselho], que tirou os extremistas do Governo polaco. Não lê jornais, esqueceu-se ou não se apercebeu? Nenhuma das três seria bom sinal.”