Nas mais de duas horas de aula aos alunos da Universidade de Verão do PSD, Sebastião Bugalho chegou a dizer que não queria “falar de governantes”, mas de governados, e centrou quase toda a atenção na Europa e na posição portuguesa no Parlamento Europeu no próximo ciclo político. Porém, mesmo tentando “não ser tendencioso”, houve momentos da conversa com os jovens em que foi para o eurodeputado “irresistível” olhar para os ex-governantes do PS. A começar pelo atual líder socialista.
Recuperando um dos temas da campanha eleitoral de há dois meses, Bugalho falou numa gestão “intermitente” e “incoerente” do PS a propósito dos apoios para os cargos de topo, que acabaram a eleger Ursula Von der Leyen à frente da Comissão Europeia (CE) e António Costa no Conselho Europeu. “Não podemos fazer [política] como Pedro Nuno Santos, que dizia que António Costa é o primeiro presidente do Conselho Europeu com peso político, esquecendo-se que ao lado está sentado Donald Tusk [social-democrata e ex-líder do Conselho], que tirou os extremistas do Governo polaco. Não lê jornais, esqueceu-se ou não se apercebeu? Nenhuma das três seria bom sinal.”