Pela primeira vez em quase seis anos, a Procuradora-Geral da República (PGR) deu uma entrevista e os partidos não tardaram a reagir na manhã desta terça-feira no Parlamento. Se uns notam que foram “muitas as pontas soltas” que ficaram por explicar, outros apontam o que ficou “bem esclarecido”. Mas há uma ideia que parece ser consensual: a vontade de ouvir Lucília Gago no Parlamento mantém-se.
Partidos querem saber mais sobre “campanha orquestrada”
Um dos momentos que não passou despercebido a nenhum dos partidos foi a alusão feita por Lucília Gago a uma “campanha orquestrada” contra o Ministério Público (MP). “É uma afirmação grave”, considerou Paulo Núncio. “A senhora Procuradora vai ter de explicar essas afirmações.” O CDS quer saber “exatamente a que pessoas se refere” a Procuradora e considera que a audição no parlamento será “boa altura” para isso.
O PAN foi ainda mais longe nas críticas, dizendo mesmo que Lucília Gago “não esteve à altura do desafio que lhe foi colocado". “Estas insinuações, estando esvaziadas de conteúdo, são de facto graves e denotam inabilidade para este cargo”, disse a deputada única Inês Sousa Real. Quando o MP falha, “deve pedir desculpa”, afirmou.