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PCP não descarta novas eleições legislativas em breve e avisa PS que não deve decidir OE com base em "cálculos eleitorais"

O PCP garantiu a sua manutenção do Parlamento Europeu contrariando a “deturpação” e os “vaticínios recorrentes” durante a campanha. Sem querer fazer extrapolações para o plano nacional, Paulo Raimundo disse ser “prematuro” excluir novas eleições e pediu aos partidos que não tomem decisões sobre OE baseadas em “cálculos eleitorais"

MANUEL DE ALMEIDA

Depois de terem perdido a representação nos parlamentos regionais da Madeira e dos Açores, o PCP conseguiu travar que o partido seguisse o mesmo rumo na União Europeia. Seria de esperar que agora o foco estivesse no próximo ato eleitoral – as eleições autárquicas de 2025 –, mas o partido acredita que poderá ter de voltar para a estrada ainda antes disso. “É prematuro dizer que só haverá eleições no próximo ano em setembro ou outubro”, adiantou o líder comunista na apresentação das conclusões do Comité Central sobre as eleições europeias.

Sem querer fazer “extrapolações” dos resultados das europeias para o contexto nacional, Paulo Raimundo não negou que a vitória do PS pode acrescentar pressão ao Governo, que ganhou as eleições legislativas de março com uma curta margem e continua sem conseguir passar medidas no Parlamento.