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Manuel Monteiro sai em defesa da “verdadeira direita” e de um CDS que não esconde os valores na “gaveta” durante as eleições

Numa longa intervenção no 31.º Congresso, o antigo presidente do CDS insurgiu-se contra “pseudo direita” do Chega, deixou um recado aos liberais que olham para as pessoas como meros “consumidores” e lembra o PSD que está num “governo com dois partidos”

TIAGO MIRANDA

Dois anos volvidos desde o Congresso de Guimarães, onde apareceu para apoiar a corrida à liderança de Nuno Melo, o ex-presidente do CDS-PP Manuel Monteiro regressou ao palco para reclamar vitória. “Sei bem que ao tempo não o entenderam, mas espero que dois anos depois o entendam. Porque dois anos depois tínhamos razão”, afirmou. “Sempre tive a fé e a convicção de que o CDS não acabaria, tendo a Juventude Popular que tem”, acrescentou, dirigindo-se à Juventude Popular (a qual também liderou, quando esta se chamava ainda Juventude Centrista). Mas este foi apenas o pontapé de saída de uma longa intervenção no 31.º Congresso do partido, no qual mandou recados para toda a direita e atacou a esquerda para reafirmar o lugar do CDS como a “verdadeira direita”.