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Europeias: Livre volta atrás e mantém eleições primárias abertas na segunda volta

Comissão de Ética e Arbitragem deu razão a Francisco Paupério, que apresentou recurso da decisão de o Livre fechar a segunda volta a membros para a escolha dos candidatos às eleições europeias: “Não foram apuradas quaisquer condutas concretas que traduzam uma viciação do processo eleitoral”, conclui o órgão que admite que os candidatos podem mobilizar os seus eleitores

Rui Tavares participou na marcha do Dia da Mulher, no Porto, naquele que foi o último dia de campanha eleitoral do Livre.
ESTELA SILVA

O Livre volta atrás e vai manter as eleições primárias abertas para a escolha dos candidatos para as Europeias de 9 de junho. Após os recursos apresentados por Francisco Paupério, primeiro classificado na primeira volta, e outro membro Fábio Ventura, a Comissão de Ética e Arbitragem do partido deu razão aos argumentos apresentados e decidiu que a votação da segunda volta deve acontecer, tal como o inicialmente previsto, num processo aberto a votantes externos.

A votação tinha sido adiada por 24h e limitada a membros por decisão da Comissão Eleitoral, que apontava para “fortes indícios de viciação” por parte de não membros do partido, na primeira volta, que apoiaram o candidato Francisco Paupério, que há um ano anunciou a sua candidatura e tem feito campanha desde essa altura. Decisão que foi alvo de críticas dentro e fora do partido.

O órgão admite que a Comissão Eleitoral fez bem em adiar a segunda volta das eleições face às suspeitas, contudo, sublinha que não foram respeitadas as regras do regulamento das primárias, ao ter sido anunciado “sem fundamento adequado” a restrição da votação a membros, deixando de fora os votantes externos inscritos.