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BE apresenta resolução contra um Programa de Estabilidade “sem validade política” e pede novo documento “em 10 dias”

Depois de o PCP anunciar um projeto de resolução contra o Programa de Estabilidade, também o Bloco de Esquerda avança no mesmo sentido. “O documento reflete opções de um Governo não eleito tornando-o num documento inútil”, atirou Mariana Mortágua. A líder bloquista exigiu ao Governo um novo “documento clarificador” das prioridades nos próximos 10 dias

ANTÓNIO COTRIM

Um dia depois de ser apresentado, o Programa de Estabilidade já enfrenta dois projetos de resolução que rejeitam o documento. Apesar de o PCP já ter anunciado que ia forçar o voto no documento, o Bloco de Esquerda quis concretizar as ameaças deixadas na passada segunda-feira e também ele avançar com um projeto de resolução contra o Programa de Estabilidade. “O Programa de Estabilidade deve ser rejeitado porque é inútil, caduco, fora do prazo e não faz sentido discutir um documento que não tem validade atual porque foi feito por Governo que não está em funções”, anunciou Mariana Mortágua, esta terça-feira na sede do Bloco, em Lisboa. Além disso, a líder bloquista lançou um repto para que o Governo apresente “em 10 dias” um “documento clarificador das suas prioridades de política orçamental e económica”.

“A rejeição não está só relacionada com as políticas macroeconómicas que o Bloco rejeitou no passado quando eram do PS. O que também está em causa é que a Assembleia da República vai passar um dia a discutir um programa que o próprio PSD diz que não é o dele. Nenhum partido pode dizer que aprova ou rejeita porque é um documento que não tem validade política”, acrescentou Mariana Mortágua. "É um documento inútil ao debate político porque está caduco, fora de prazo”, acrescentou.